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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

De quem é o jogo?

De quem é o jogo?
Vejo, revejo, leio, releio, ouço!

Por muitas vezes sou atropelado por discursos lindos, falas sem igual. Num primeiro momento acolho a poesia como sendo de métrica parnasiana, mas logo o bicho papão que habita meu ser e me corrompe os princípios que embasam essa mente pervertida aponta deslizes que minha razão não consegue deixar passar.

Por pura emoção vou testar a todos. Quero testar, compulsivamente tenho que testar. Não demora para um por um cair sobre terra. E por besteiras bestas...

Não culpo, aliás nem acredito em culpas, os palestrantes, os discursantes. Se preciso gerar culpa, prefiro jogá-las para meus ouvidos que qual criança do interior vai com qualquer um.

Mas...

O que me impressiona mesmo é ver submissas te oferecerem um mundo para sua administração, dizer que esse mundo é seu, gritar que o jogo é seu, o tempo é seu e, nos 44 do segundo tempo e quase acabando a prorrogação, virem dizer que faltou isso, que gostam daquilo, que esperavam aquilo outro e ainda falam até de tempo. O mesmo tempo que te proclamaram ser seu.

Oras de quem é o jogo, afinal?

Se o discurso dizia que Você podia tudo, por que agora Você não pode tanto assim?

Deu-se o tempo ao Dominador? Entenda, acredite e fique consciente que, bem provavelmente, Ele testará justamente aquilo que você tem de mais "solidamente fraco" para realmente assumir esse tempo que foi ofertado a Ele.

Fazer discurso de que o tempo (e outras cositas ma´s, Madresita) é Dele, mas querer administrar esse tempo de forma indireta ou mesmo direta é chover no molhado e ofertar uma submissão sua e que deveria ser ofertada a si mesma, não a Outro.

Vejo, revejo, leio, releio, ouço!
E ao menos eu, gosto de seguir por caminhos que outros ainda não foram, quero provar de doces que ainda estão no forno. Pode ser ruim, mas pode ser bom, quem sabe? Eu sei! O forno é meu, oras!
Aliás, forno, doce, cozinha e... cozinheira!

E isso tem que ficar claro quando alguém quer algo em um reino distante.
E o desconstruir tem que ficar claro quando o reino distante não é seu.

- Ah você não tem problemas com isso? É isso que irei testar, mas de uma forma que ninguém testou ainda.
- Ah isso não te incomoda? E isso aqui: O que sente? É por aí que vou, afinal dem quem é o jogo, submisssa?!

Muito se falou em desarmar Dominadores, mas o que vejo são submissos desarmando a si mesmos e achando que eles mesmos são os Dominadores [conceito espelho com reflexo distrocido]. Uma lástima, pois muito se tem para trocar. Mas falo em trocar, não falo em dar e cobrar o uso, não falo em ofertar e querer mais do que é ofertado.

Deu? Desencane, relaxe e goza. Sobretudo quando o Outro mandar.


Boas Festas a todos!

Esse blog entra em férias até o ano que vem.

O Feitor segue até o fim de Dom Demétrius e Jezebel - a insubmissa.

Obrigado pelo carinho dispensado e até o ano que vem!

3 comentários:

  1. Olá Sr!

    Gostei mto do seu post, apesar de que eh um pouco duro de se ouvir (ler) rs...
    O que penso: para mim (submissa) ser a escolhida Dele (Dom) para ser testada, ser objeto de observação e teste eh uma honra, mas (td na vida tem um mas rs)... existe aí uma linha tênue, pois Ele nunca vai chegar e dizer: sub estou apenas te testando, don´t worry rs...
    O que quero dizer: pode haver uma insegurança da submissa tb, do tipo: será que estou ofertando tudo de mim a quem realmente eh merecedor? Pode ser paranoia minha, mas isso já me preocupou antes...

    Deixo aqui meus votos de boas festas ao Sr, e um excelente 2010!

    Beijos,

    Izabel sub

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  2. ahahahahah


    Passe foi a metáfora perfeita!


    Ah Szir... bem vindo ao mundo dos super bdsmistas!

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  3. Ah, Szir GanoN

    Se propor a se submeter exige certezas e confiança, se o Dominador tem pedras e tabuleiro, que sejam cumpridas as regras e vividas as jogadas.
    beijos
    ana.mmk

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Obrigado por comentar, andarilho!