Não cansamos de ver, ler, ouvir depoimentos de artistas onde eles apresentam o árduo trabalho da concepção de um personagem.
São horas de estudos, oficinas, experimentos, conversas e observações.
Ao final o personagem está desenhado, perfilado e pronto para ser usado qual uma roupa.
Um pouco antes do espetáculo o ator faz toda uma preparação para vestir o personagem e usa um tempo depois para conseguir despir-se
Segundo eles, não são fácies tais tarefas, mas o resultado - quando perfeito - é gratificante.
A persona é uma parte de nós. Não é couraça nem postura, mas é um pouco de cada.
São perfis que temos e que usamos de acordo com a situação.
Algumas personas afloram como uma reação resposta de uma ação, outras precisamos centrar, preparar todo um sistema para que ela surja.
Uma persona muito comum é aquela que vem quando "perdemos a cabeça" em uma discussão. Aquele nosso perfil que apresentamos quando estamos nervosos é uma persona nossa. Uma parte que temos, mas nem sempre usamos.
Quando alguém nos faz perder o chão no sexo, temos mais uma persona. Vamos além de nós mesmos, nos permitimos.
As personas podem ser, até certo ponto, controladas. Podem ser tanto convidadas quanto expulsadas. É uma questão de trabalho, auto conhecimento, disponibilidade e respiração.
Isso posto as perguntas que não calam são:
O que você usa para jogar BDSM, um personagem ou uma persona?
Consegue ver um e outro?
Quem garante que sua persona não é um personagem muito bem trabalhado?
E se for, qual o demérito?
Por outro lado e se realmente for persona?
Como a aciona?
Como dividir a secretária eficiente da submissa atenta e prestativa?
Quando não confundir disponibilidade intelectual com disposição emocional?
Boa semana a todos!!!
(hoje é sexta, mas programarei a postagem para quarta! Eeeeeeeehhhhhh depois de meses consigo postar numa quarta-feira!!!)
(acreditem se quiser... fiz uma programação errada. Notei que a postagem não entrou, vim ver e... coloquei para dezxembro. Será que não consigo mais postar as quartas por algum feitiço? Arrrgggg)
kkkkkkk
Foto:
http://farm3.static.flickr.com/2695/4424575116_cb2f4443b5_o.jpg
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Dominação psicológica e o "ir além"
Sempre recebo as discussões que rodam no FetLife. Recebo, olho o título e quando interessa dou uma "zapiada" por cima. nâo por desdém, mas sim por não ter tempo mesmo e por nem semprer concordar com as visões apresentadas.
Esses dias recebi algo sobre dominação psicológica, mas não consegui tempo para dar uma olhada.
Mesmo sem ler, externo minha visão:
Penso que dominação psicológica é levar tanto a si quanto ao submisso além de si mesmo. Além das barreiras e travas comuns.
Ainda vejo a entrega (sempre muito bem preparada pelo Dominador e esperada pelo submisso) como algo que está à frente de ambos e precisa ser mais conquistada que solicitada.
Algo que acredito iniciar com o submisso ofertando, ao Dominador, o que não dá a qualquer um. No meio o submisso se permite experimentar (sempre buscando o prazer - esse é o grande barato) o novo e num estágio mais avançado (e obviamente já tendo traçado o perfil daquele a quem serve) o submisso em um momento espera o que vem e em outro oferta o que deseja que venha. Sim, submisso é parte operante no jogo e quando vejo um submisso somente esperar, o vejo como Senhor da situação, logo a participação, o palpite (na hora certa), a interação são mais que bem vindas, são fundamentais.
Vamos por parte?
O que seria "ofertar, ao Dominador, o que não dá a qualquer um"
Seria atingir um nível onde o Dominador recebe aquilo que somente ele pode receber. Darei alguns exemplos simples e peço que cada um vá além deles.
1. O submisso não "gosta" de dirigir à noite. Seja por inquietação, saúde ou outro ponto. Nada faz o submisso sair a noite guiando um carro.
Muitro bem, o Dominador (claro que gozando de todas as suas faculdades mentais e sabendo exatamente o que está fazendo e, ainda, cercado de segurança) pede que o submisso dirija a noite (sozinho ou não).
Nessa hora, mesmo não dirigindo a noite, o submisso dá o seu jeito e atende ao Dominador. Isso é dar ao Dominador o que não daria a qualquer um.
2. Por um trauma de infância, o submisso não come frutos do mar.
O Dominador faz todo um trabalho, meses discutindo, elaborando e preparando o submisso para aquele momento.
Chegada a hora... o submisso se vê diante de uma paella e ai? Ele se permite experimentar a paella até onde dá e evita devolvê-la ao prato.
Como escrevi, são exemplos simples, mas que - em simbolismo - vão além do jogo, além da cena e a atuação no psicológico do submisso é fundamental.
Não é chegar e mandar, é na maioria das vezes, indiretamente conduzir àquele momento, é levar a si mesmo e ao submisso a um simbolismo de superação que refletirá diretamente na relação de ambos.
Quem pensa que somente submisso precisa superar limites engana-se. Dominadores são pessoas que optaram por conduzir. Preparam-se para isso em seu dia a dia, estudam, focam, olham para aprender e ousam ir além, mas... são seres humanos. Salvo aqueles que habitam o menos de 1% da população que é 100% saudável, seguramente tem alguma trava, trauma ou reticência em relação a alguma assunto.
Se trabalhar, ir além, forçar mesmo é um dos canais para atingir a superação.
O submisso é parte importante quando nota que um Dominador não faz isso ou aquilo muito mais por trava que por jogo.
Aqui pode entrar o fato de não transar em cena, não permitir uma troca de afeto onde a relação supere o BDSM e atinja outros níveis mais sociais e comuns.
Diante dessas travas o submisso deixa de sê-lo para ser um servo à serviço do Rei e, quando couber, não haverá demérito em guiar o Dominador naquela senda.
Afinal não podemos esquecer que todo Rei é preparado por um servo. Tê-los como parceiros é uma forma de justiça, coerência e visão global.
É isso, gente. Sem revisar, sem reler, mas seguro que ia falar de uma coisa e falei de umas outras. *sorriso*
Melhor isso que nada, não?
Boa semana, boa quarta e fiquem bem.
Esses dias recebi algo sobre dominação psicológica, mas não consegui tempo para dar uma olhada.
Mesmo sem ler, externo minha visão:
Penso que dominação psicológica é levar tanto a si quanto ao submisso além de si mesmo. Além das barreiras e travas comuns.
Ainda vejo a entrega (sempre muito bem preparada pelo Dominador e esperada pelo submisso) como algo que está à frente de ambos e precisa ser mais conquistada que solicitada.
Algo que acredito iniciar com o submisso ofertando, ao Dominador, o que não dá a qualquer um. No meio o submisso se permite experimentar (sempre buscando o prazer - esse é o grande barato) o novo e num estágio mais avançado (e obviamente já tendo traçado o perfil daquele a quem serve) o submisso em um momento espera o que vem e em outro oferta o que deseja que venha. Sim, submisso é parte operante no jogo e quando vejo um submisso somente esperar, o vejo como Senhor da situação, logo a participação, o palpite (na hora certa), a interação são mais que bem vindas, são fundamentais.
Vamos por parte?
O que seria "ofertar, ao Dominador, o que não dá a qualquer um"
Seria atingir um nível onde o Dominador recebe aquilo que somente ele pode receber. Darei alguns exemplos simples e peço que cada um vá além deles.
1. O submisso não "gosta" de dirigir à noite. Seja por inquietação, saúde ou outro ponto. Nada faz o submisso sair a noite guiando um carro.
Muitro bem, o Dominador (claro que gozando de todas as suas faculdades mentais e sabendo exatamente o que está fazendo e, ainda, cercado de segurança) pede que o submisso dirija a noite (sozinho ou não).
Nessa hora, mesmo não dirigindo a noite, o submisso dá o seu jeito e atende ao Dominador. Isso é dar ao Dominador o que não daria a qualquer um.
2. Por um trauma de infância, o submisso não come frutos do mar.
O Dominador faz todo um trabalho, meses discutindo, elaborando e preparando o submisso para aquele momento.
Chegada a hora... o submisso se vê diante de uma paella e ai? Ele se permite experimentar a paella até onde dá e evita devolvê-la ao prato.
Como escrevi, são exemplos simples, mas que - em simbolismo - vão além do jogo, além da cena e a atuação no psicológico do submisso é fundamental.
Não é chegar e mandar, é na maioria das vezes, indiretamente conduzir àquele momento, é levar a si mesmo e ao submisso a um simbolismo de superação que refletirá diretamente na relação de ambos.
Quem pensa que somente submisso precisa superar limites engana-se. Dominadores são pessoas que optaram por conduzir. Preparam-se para isso em seu dia a dia, estudam, focam, olham para aprender e ousam ir além, mas... são seres humanos. Salvo aqueles que habitam o menos de 1% da população que é 100% saudável, seguramente tem alguma trava, trauma ou reticência em relação a alguma assunto.
Se trabalhar, ir além, forçar mesmo é um dos canais para atingir a superação.
O submisso é parte importante quando nota que um Dominador não faz isso ou aquilo muito mais por trava que por jogo.
Aqui pode entrar o fato de não transar em cena, não permitir uma troca de afeto onde a relação supere o BDSM e atinja outros níveis mais sociais e comuns.
Diante dessas travas o submisso deixa de sê-lo para ser um servo à serviço do Rei e, quando couber, não haverá demérito em guiar o Dominador naquela senda.
Afinal não podemos esquecer que todo Rei é preparado por um servo. Tê-los como parceiros é uma forma de justiça, coerência e visão global.
É isso, gente. Sem revisar, sem reler, mas seguro que ia falar de uma coisa e falei de umas outras. *sorriso*
Melhor isso que nada, não?
Boa semana, boa quarta e fiquem bem.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
E a coragem?
"Você tem coragem de pular a
janela e passar pelo jardim?
Ela não tem chão, ele
não tem fim. AsF"
A ideia é forte, a visão é linda, a teoria pragmática, mas... e a realidade?
Já vi de tudo, já ouvi de tudo e hoje fico a refletir: Quantos, de fato, tem coragem de seguir um jogo cego? Quantos realmente estão dispostos a entregar o controle nas mãos de um outro por um espaço de tempo?
O que seria entregar o controle?
O que seria um espaço de tempo?
Quais os riscos?
Quais os lucros?
É sabido que somente o ambicioso é pego pelo diabo. E ai?
Tudo bem que, segundo a internet, BDSM não presta. Melhor, BDSM bom é o BDSM feito por quem escreve. Ele faz jogos loucos, pirados e sem noção, mano, mas... Qualquer outro é irresponsável, sem noção e merecedor de polícia. Já notaram isso? *sorriso*
Com eles você pode conhecer às 8h e jogar às 10h, mas se outro propoe isso, o outro é louco e o que ele fez tem que ser dsivulgado nas listas. *sorriso*.
Muito bem, sarcasmos à parte, você tem coragem de pular a janela e passar pelo jardim mesmo sabendo que ela não tem chão e ele não tem fim?
Louco, não?
Mas você tem coragem?
Bela quarta povo! (eu hein. Só escrevo às quartas, esqueceram?)
janela e passar pelo jardim?
Ela não tem chão, ele
não tem fim. AsF"
A ideia é forte, a visão é linda, a teoria pragmática, mas... e a realidade?
Já vi de tudo, já ouvi de tudo e hoje fico a refletir: Quantos, de fato, tem coragem de seguir um jogo cego? Quantos realmente estão dispostos a entregar o controle nas mãos de um outro por um espaço de tempo?
O que seria entregar o controle?
O que seria um espaço de tempo?
Quais os riscos?
Quais os lucros?
É sabido que somente o ambicioso é pego pelo diabo. E ai?
Tudo bem que, segundo a internet, BDSM não presta. Melhor, BDSM bom é o BDSM feito por quem escreve. Ele faz jogos loucos, pirados e sem noção, mano, mas... Qualquer outro é irresponsável, sem noção e merecedor de polícia. Já notaram isso? *sorriso*
Com eles você pode conhecer às 8h e jogar às 10h, mas se outro propoe isso, o outro é louco e o que ele fez tem que ser dsivulgado nas listas. *sorriso*.
Muito bem, sarcasmos à parte, você tem coragem de pular a janela e passar pelo jardim mesmo sabendo que ela não tem chão e ele não tem fim?
Louco, não?
Mas você tem coragem?
Bela quarta povo! (eu hein. Só escrevo às quartas, esqueceram?)