Essa é uma questão antiga e vale sempre divagar.
Dois pesos e duas medidas.
Antes precisamos falar do ser humano. Esse poço de insegurança.
Independendo da posição o homem, por padrão é inseguro em si. Geralmente é a mulher quem abre todos os caminhos, faz a poesia, regula a métrica, ajusta as rimas e deixa a assinatura por conta do homem. Isso numa sociedade comum.
O BDSM, entendo, remonta a época feudal.
O BDSM, entendo, tem toda uam ritualística que o embasa.
Assim, o ideal seria, no meu entendimento, que a escrava se utilizasse de um Mercador para vender-lhe a um Senhor de fato.
Peso um, medida um:
Sim, penso que uma submissa tem que ser tomada.
Claro, óbvio e evidente que é preciso entender alguns sinais.
Se uma submissa começa a procurar muito um Senhor, se insiste em abrir canais e frentes de comunicação, se as trocas vão além de parâmetros comuns, por favor. Não há o que perguntar, é tomar e pronto.
Ai a madresita me perguntará sobre a tão falada e imposta como obrigatória negociação.
Respondo que a negociação está no grupo das inseguranças do ser humano citados bem no início da divagação.
Oras, por favor, se há química, se há um canal de comunicação aberto e fluindo, se há crença de que aquele é o home da sua vida, por que negativar a toma?
Por que querer negociar, de pronto, o que terá toda uma vida para ser negociado?
Peso dois, medida dois:
Não tenho dúvidas que, usando (ou não) toda uma ritualística a submissa deve ofertar-se aquele que acredita estar à altura de ser-lhe o Dono e Senhor dos atos.
Não tenho dúvidas que ai entra, de novo, a tal insegurança do ser humano, mas feliz daquele que consegue transpor essa barreira.
Por fim, vejo hoje tanto Dominador quanto submissa, cada vez mais levando o BDSM para os meios comuns da sociedade comum.
De modo algum sou contra namoro, relação mesclada, pelo contrário, acho saudável essa postura, mas... arrepio ao ver tanto um quanto outro abrindo as portas da insegurança e não tendo a atitude de tomar ou ofertar.
"Por ordem e graça do Deus maior, por força e vontade de mim mesmo, tomo-a do mundo comum e a assumo no meu. Entra e me sirva, mulher"
- Sim, Senhor. É a esperada resposta. E pronto!
Simples assim.
"nobre e honrado Senhor, salve. Perdoa-me a ousadia dos atos, mas é fato que o mundo me judia, abusa e não usa. Peço-Lhe, Honrado, que pela graça de Deus acolha-me. Toma-me Tua, pois que se Tua não for, morrerei mais do que já morro em mim. Meu desejo é servir-Lhe e esse é o meu último desejo se assim aceitar-me"
- Entra mulher, tira a roupa e deixa-me ver teu corpo.
Inicia-se o "jogo de toma" o "ritual de posse" (preciso escrever mais sobre rituais, não? Me cobrem e farei isso)
Afinal quem é quem?
A submissa oferta-se ou o Dominador a toma?
(Boa semana que a louca da Luiza veio me lembrar que hoje é quarta. De saco cheio com essa minha editora chata! kkkkkkkkkkk)
Sê bem-vindo andarilho!
Entre, sente-se e se permita iludir - a mente cansada - com meus conceitos chulos, minhas ideias tão minhas e um mundo de aglomerações.
Aqui apresento, expurgo e dou conceitos - nem sempre meus - que podem servir a qualquer um.
Leia, releia e tome muito cuidado: fora ser prolixo, sou o próprio sofismo em pessoa (use isso contra mim e assuma que me lê).
Aqui o luxo é o lixo com ego inflado.
Pense que há vinho e deguste, decupe, compartimente e minta para você mesmo.
Salut à boa perdição dos perdidos, os achados em si (bemol)!
Aqui apresento, expurgo e dou conceitos - nem sempre meus - que podem servir a qualquer um.
Leia, releia e tome muito cuidado: fora ser prolixo, sou o próprio sofismo em pessoa (use isso contra mim e assuma que me lê).
Aqui o luxo é o lixo com ego inflado.
Pense que há vinho e deguste, decupe, compartimente e minta para você mesmo.
Salut à boa perdição dos perdidos, os achados em si (bemol)!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Personagem ou persona?
Não cansamos de ver, ler, ouvir depoimentos de artistas onde eles apresentam o árduo trabalho da concepção de um personagem.
São horas de estudos, oficinas, experimentos, conversas e observações.
Ao final o personagem está desenhado, perfilado e pronto para ser usado qual uma roupa.
Um pouco antes do espetáculo o ator faz toda uma preparação para vestir o personagem e usa um tempo depois para conseguir despir-se
Segundo eles, não são fácies tais tarefas, mas o resultado - quando perfeito - é gratificante.
A persona é uma parte de nós. Não é couraça nem postura, mas é um pouco de cada.
São perfis que temos e que usamos de acordo com a situação.
Algumas personas afloram como uma reação resposta de uma ação, outras precisamos centrar, preparar todo um sistema para que ela surja.
Uma persona muito comum é aquela que vem quando "perdemos a cabeça" em uma discussão. Aquele nosso perfil que apresentamos quando estamos nervosos é uma persona nossa. Uma parte que temos, mas nem sempre usamos.
Quando alguém nos faz perder o chão no sexo, temos mais uma persona. Vamos além de nós mesmos, nos permitimos.
As personas podem ser, até certo ponto, controladas. Podem ser tanto convidadas quanto expulsadas. É uma questão de trabalho, auto conhecimento, disponibilidade e respiração.
Isso posto as perguntas que não calam são:
O que você usa para jogar BDSM, um personagem ou uma persona?
Consegue ver um e outro?
Quem garante que sua persona não é um personagem muito bem trabalhado?
E se for, qual o demérito?
Por outro lado e se realmente for persona?
Como a aciona?
Como dividir a secretária eficiente da submissa atenta e prestativa?
Quando não confundir disponibilidade intelectual com disposição emocional?
Boa semana a todos!!!
(hoje é sexta, mas programarei a postagem para quarta! Eeeeeeeehhhhhh depois de meses consigo postar numa quarta-feira!!!)
(acreditem se quiser... fiz uma programação errada. Notei que a postagem não entrou, vim ver e... coloquei para dezxembro. Será que não consigo mais postar as quartas por algum feitiço? Arrrgggg)
kkkkkkk
Foto:
http://farm3.static.flickr.com/2695/4424575116_cb2f4443b5_o.jpg
São horas de estudos, oficinas, experimentos, conversas e observações.
Ao final o personagem está desenhado, perfilado e pronto para ser usado qual uma roupa.
Um pouco antes do espetáculo o ator faz toda uma preparação para vestir o personagem e usa um tempo depois para conseguir despir-se
Segundo eles, não são fácies tais tarefas, mas o resultado - quando perfeito - é gratificante.
A persona é uma parte de nós. Não é couraça nem postura, mas é um pouco de cada.
São perfis que temos e que usamos de acordo com a situação.
Algumas personas afloram como uma reação resposta de uma ação, outras precisamos centrar, preparar todo um sistema para que ela surja.
Uma persona muito comum é aquela que vem quando "perdemos a cabeça" em uma discussão. Aquele nosso perfil que apresentamos quando estamos nervosos é uma persona nossa. Uma parte que temos, mas nem sempre usamos.
Quando alguém nos faz perder o chão no sexo, temos mais uma persona. Vamos além de nós mesmos, nos permitimos.
As personas podem ser, até certo ponto, controladas. Podem ser tanto convidadas quanto expulsadas. É uma questão de trabalho, auto conhecimento, disponibilidade e respiração.
Isso posto as perguntas que não calam são:
O que você usa para jogar BDSM, um personagem ou uma persona?
Consegue ver um e outro?
Quem garante que sua persona não é um personagem muito bem trabalhado?
E se for, qual o demérito?
Por outro lado e se realmente for persona?
Como a aciona?
Como dividir a secretária eficiente da submissa atenta e prestativa?
Quando não confundir disponibilidade intelectual com disposição emocional?
Boa semana a todos!!!
(hoje é sexta, mas programarei a postagem para quarta! Eeeeeeeehhhhhh depois de meses consigo postar numa quarta-feira!!!)
(acreditem se quiser... fiz uma programação errada. Notei que a postagem não entrou, vim ver e... coloquei para dezxembro. Será que não consigo mais postar as quartas por algum feitiço? Arrrgggg)
kkkkkkk
Foto:
http://farm3.static.flickr.com/2695/4424575116_cb2f4443b5_o.jpg
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Dominação psicológica e o "ir além"
Sempre recebo as discussões que rodam no FetLife. Recebo, olho o título e quando interessa dou uma "zapiada" por cima. nâo por desdém, mas sim por não ter tempo mesmo e por nem semprer concordar com as visões apresentadas.
Esses dias recebi algo sobre dominação psicológica, mas não consegui tempo para dar uma olhada.
Mesmo sem ler, externo minha visão:
Penso que dominação psicológica é levar tanto a si quanto ao submisso além de si mesmo. Além das barreiras e travas comuns.
Ainda vejo a entrega (sempre muito bem preparada pelo Dominador e esperada pelo submisso) como algo que está à frente de ambos e precisa ser mais conquistada que solicitada.
Algo que acredito iniciar com o submisso ofertando, ao Dominador, o que não dá a qualquer um. No meio o submisso se permite experimentar (sempre buscando o prazer - esse é o grande barato) o novo e num estágio mais avançado (e obviamente já tendo traçado o perfil daquele a quem serve) o submisso em um momento espera o que vem e em outro oferta o que deseja que venha. Sim, submisso é parte operante no jogo e quando vejo um submisso somente esperar, o vejo como Senhor da situação, logo a participação, o palpite (na hora certa), a interação são mais que bem vindas, são fundamentais.
Vamos por parte?
O que seria "ofertar, ao Dominador, o que não dá a qualquer um"
Seria atingir um nível onde o Dominador recebe aquilo que somente ele pode receber. Darei alguns exemplos simples e peço que cada um vá além deles.
1. O submisso não "gosta" de dirigir à noite. Seja por inquietação, saúde ou outro ponto. Nada faz o submisso sair a noite guiando um carro.
Muitro bem, o Dominador (claro que gozando de todas as suas faculdades mentais e sabendo exatamente o que está fazendo e, ainda, cercado de segurança) pede que o submisso dirija a noite (sozinho ou não).
Nessa hora, mesmo não dirigindo a noite, o submisso dá o seu jeito e atende ao Dominador. Isso é dar ao Dominador o que não daria a qualquer um.
2. Por um trauma de infância, o submisso não come frutos do mar.
O Dominador faz todo um trabalho, meses discutindo, elaborando e preparando o submisso para aquele momento.
Chegada a hora... o submisso se vê diante de uma paella e ai? Ele se permite experimentar a paella até onde dá e evita devolvê-la ao prato.
Como escrevi, são exemplos simples, mas que - em simbolismo - vão além do jogo, além da cena e a atuação no psicológico do submisso é fundamental.
Não é chegar e mandar, é na maioria das vezes, indiretamente conduzir àquele momento, é levar a si mesmo e ao submisso a um simbolismo de superação que refletirá diretamente na relação de ambos.
Quem pensa que somente submisso precisa superar limites engana-se. Dominadores são pessoas que optaram por conduzir. Preparam-se para isso em seu dia a dia, estudam, focam, olham para aprender e ousam ir além, mas... são seres humanos. Salvo aqueles que habitam o menos de 1% da população que é 100% saudável, seguramente tem alguma trava, trauma ou reticência em relação a alguma assunto.
Se trabalhar, ir além, forçar mesmo é um dos canais para atingir a superação.
O submisso é parte importante quando nota que um Dominador não faz isso ou aquilo muito mais por trava que por jogo.
Aqui pode entrar o fato de não transar em cena, não permitir uma troca de afeto onde a relação supere o BDSM e atinja outros níveis mais sociais e comuns.
Diante dessas travas o submisso deixa de sê-lo para ser um servo à serviço do Rei e, quando couber, não haverá demérito em guiar o Dominador naquela senda.
Afinal não podemos esquecer que todo Rei é preparado por um servo. Tê-los como parceiros é uma forma de justiça, coerência e visão global.
É isso, gente. Sem revisar, sem reler, mas seguro que ia falar de uma coisa e falei de umas outras. *sorriso*
Melhor isso que nada, não?
Boa semana, boa quarta e fiquem bem.
Esses dias recebi algo sobre dominação psicológica, mas não consegui tempo para dar uma olhada.
Mesmo sem ler, externo minha visão:
Penso que dominação psicológica é levar tanto a si quanto ao submisso além de si mesmo. Além das barreiras e travas comuns.
Ainda vejo a entrega (sempre muito bem preparada pelo Dominador e esperada pelo submisso) como algo que está à frente de ambos e precisa ser mais conquistada que solicitada.
Algo que acredito iniciar com o submisso ofertando, ao Dominador, o que não dá a qualquer um. No meio o submisso se permite experimentar (sempre buscando o prazer - esse é o grande barato) o novo e num estágio mais avançado (e obviamente já tendo traçado o perfil daquele a quem serve) o submisso em um momento espera o que vem e em outro oferta o que deseja que venha. Sim, submisso é parte operante no jogo e quando vejo um submisso somente esperar, o vejo como Senhor da situação, logo a participação, o palpite (na hora certa), a interação são mais que bem vindas, são fundamentais.
Vamos por parte?
O que seria "ofertar, ao Dominador, o que não dá a qualquer um"
Seria atingir um nível onde o Dominador recebe aquilo que somente ele pode receber. Darei alguns exemplos simples e peço que cada um vá além deles.
1. O submisso não "gosta" de dirigir à noite. Seja por inquietação, saúde ou outro ponto. Nada faz o submisso sair a noite guiando um carro.
Muitro bem, o Dominador (claro que gozando de todas as suas faculdades mentais e sabendo exatamente o que está fazendo e, ainda, cercado de segurança) pede que o submisso dirija a noite (sozinho ou não).
Nessa hora, mesmo não dirigindo a noite, o submisso dá o seu jeito e atende ao Dominador. Isso é dar ao Dominador o que não daria a qualquer um.
2. Por um trauma de infância, o submisso não come frutos do mar.
O Dominador faz todo um trabalho, meses discutindo, elaborando e preparando o submisso para aquele momento.
Chegada a hora... o submisso se vê diante de uma paella e ai? Ele se permite experimentar a paella até onde dá e evita devolvê-la ao prato.
Como escrevi, são exemplos simples, mas que - em simbolismo - vão além do jogo, além da cena e a atuação no psicológico do submisso é fundamental.
Não é chegar e mandar, é na maioria das vezes, indiretamente conduzir àquele momento, é levar a si mesmo e ao submisso a um simbolismo de superação que refletirá diretamente na relação de ambos.
Quem pensa que somente submisso precisa superar limites engana-se. Dominadores são pessoas que optaram por conduzir. Preparam-se para isso em seu dia a dia, estudam, focam, olham para aprender e ousam ir além, mas... são seres humanos. Salvo aqueles que habitam o menos de 1% da população que é 100% saudável, seguramente tem alguma trava, trauma ou reticência em relação a alguma assunto.
Se trabalhar, ir além, forçar mesmo é um dos canais para atingir a superação.
O submisso é parte importante quando nota que um Dominador não faz isso ou aquilo muito mais por trava que por jogo.
Aqui pode entrar o fato de não transar em cena, não permitir uma troca de afeto onde a relação supere o BDSM e atinja outros níveis mais sociais e comuns.
Diante dessas travas o submisso deixa de sê-lo para ser um servo à serviço do Rei e, quando couber, não haverá demérito em guiar o Dominador naquela senda.
Afinal não podemos esquecer que todo Rei é preparado por um servo. Tê-los como parceiros é uma forma de justiça, coerência e visão global.
É isso, gente. Sem revisar, sem reler, mas seguro que ia falar de uma coisa e falei de umas outras. *sorriso*
Melhor isso que nada, não?
Boa semana, boa quarta e fiquem bem.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
E a coragem?
"Você tem coragem de pular a
janela e passar pelo jardim?
Ela não tem chão, ele
não tem fim. AsF"
A ideia é forte, a visão é linda, a teoria pragmática, mas... e a realidade?
Já vi de tudo, já ouvi de tudo e hoje fico a refletir: Quantos, de fato, tem coragem de seguir um jogo cego? Quantos realmente estão dispostos a entregar o controle nas mãos de um outro por um espaço de tempo?
O que seria entregar o controle?
O que seria um espaço de tempo?
Quais os riscos?
Quais os lucros?
É sabido que somente o ambicioso é pego pelo diabo. E ai?
Tudo bem que, segundo a internet, BDSM não presta. Melhor, BDSM bom é o BDSM feito por quem escreve. Ele faz jogos loucos, pirados e sem noção, mano, mas... Qualquer outro é irresponsável, sem noção e merecedor de polícia. Já notaram isso? *sorriso*
Com eles você pode conhecer às 8h e jogar às 10h, mas se outro propoe isso, o outro é louco e o que ele fez tem que ser dsivulgado nas listas. *sorriso*.
Muito bem, sarcasmos à parte, você tem coragem de pular a janela e passar pelo jardim mesmo sabendo que ela não tem chão e ele não tem fim?
Louco, não?
Mas você tem coragem?
Bela quarta povo! (eu hein. Só escrevo às quartas, esqueceram?)
janela e passar pelo jardim?
Ela não tem chão, ele
não tem fim. AsF"
A ideia é forte, a visão é linda, a teoria pragmática, mas... e a realidade?
Já vi de tudo, já ouvi de tudo e hoje fico a refletir: Quantos, de fato, tem coragem de seguir um jogo cego? Quantos realmente estão dispostos a entregar o controle nas mãos de um outro por um espaço de tempo?
O que seria entregar o controle?
O que seria um espaço de tempo?
Quais os riscos?
Quais os lucros?
É sabido que somente o ambicioso é pego pelo diabo. E ai?
Tudo bem que, segundo a internet, BDSM não presta. Melhor, BDSM bom é o BDSM feito por quem escreve. Ele faz jogos loucos, pirados e sem noção, mano, mas... Qualquer outro é irresponsável, sem noção e merecedor de polícia. Já notaram isso? *sorriso*
Com eles você pode conhecer às 8h e jogar às 10h, mas se outro propoe isso, o outro é louco e o que ele fez tem que ser dsivulgado nas listas. *sorriso*.
Muito bem, sarcasmos à parte, você tem coragem de pular a janela e passar pelo jardim mesmo sabendo que ela não tem chão e ele não tem fim?
Louco, não?
Mas você tem coragem?
Bela quarta povo! (eu hein. Só escrevo às quartas, esqueceram?)
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Luto - eu estou de luto!
Pior que perder alguém do meio é perder alguém que consideramos amigo, que vimos a luz brilhar vindo de dentro, que assumimos o amor que nutrimos por essa pessoa.
Pior que perder um amigo é perdê-lo para as estatísticas de violência que assolam o nosso país (e alguns muitos outros).
Puta que pariu, gente! A Annye era um doce de criatura. Uma mulher ímpar, uma figura sempre presente e disposta a tirar um sorriso do rosto de quem quer que seja.
Queria, mas não sou Deus para dizer se ela merecia ou não.
Em meu mundo mando eu e nele sou juiz, defesa e acusação. Annye era gente boníssima! Não merecia isso.
A garota vivia para correr atrás de seus sonhos, para cuidar do filho e da carreira.
No msn ela me chamava de forma séria até eu atender, mas eu nunca a atendia, então ela soltava algo que sabia me deixar puto da vida e lá ia o bobo aqui brigar com ela. Depois que eu soltava os bichos ela abria a camera rachando de rir. Na hora eu não falava nada, mas sempre dizia que a técnica era infalível, pois eu ria junto e esquecia a provocação.
Uma debatedora atenta, perspicaz e sempre disposta a defender suas ideias e ideais.
Eu adorava debater com ela. Quando eu não estava mais a fim deturpava uma fala dela, mudava o foco do assunto e caia matando sobre ela. Algumas vezes ela chorava de raiva e eu abria a camera rachando de rir. Qual uma criança inocente ela ria na mesma hora e passava por cima de tudo.
Aplicada e dedicada. Ministrei um curso profissionalizante para ela. Nunca faltou a uma aula, mesmo assumindo que se perdia fácil em SP, nunca atrasou uma aula e sempre chegou atenta, disposta e sorridente.
Seus dentes, iguais aos de uma criança, eram eficazes na hora de fzer sorrir.
Uma mulher e tanto. Dedicada, amiga, presente, comunicativa. Uma mulher ímpar.
E a submissa? Feliz daquele que assumiu essa mulher, pois dele foi o reino dos céus.
A Annye era do tipo que aprendia. Conseguia processar o movimento do outro e acolher dentro do seu estilo inconfundível e muito especial.
Amiga, eu sempre disse e repito: Morrer é fácil para quem vai, afinal não sabemos, de fato, o que tem do outro lado. Mas para quem fica é uma dor sem igual.
Sou um durão, um chato, um cara que leva muitas coisas à ferro e fogo, mas também sou poeta, andarilho, artista e posso mesclar tudo para dizer: Você fez a diferença, fará muita falta!
Que o diretor aí de cima saiba te aproveitar em muitas peças, você era boa no que fazia.
Amém!
*estou de luto*
Pior que perder um amigo é perdê-lo para as estatísticas de violência que assolam o nosso país (e alguns muitos outros).
Puta que pariu, gente! A Annye era um doce de criatura. Uma mulher ímpar, uma figura sempre presente e disposta a tirar um sorriso do rosto de quem quer que seja.
Queria, mas não sou Deus para dizer se ela merecia ou não.
Em meu mundo mando eu e nele sou juiz, defesa e acusação. Annye era gente boníssima! Não merecia isso.
A garota vivia para correr atrás de seus sonhos, para cuidar do filho e da carreira.
No msn ela me chamava de forma séria até eu atender, mas eu nunca a atendia, então ela soltava algo que sabia me deixar puto da vida e lá ia o bobo aqui brigar com ela. Depois que eu soltava os bichos ela abria a camera rachando de rir. Na hora eu não falava nada, mas sempre dizia que a técnica era infalível, pois eu ria junto e esquecia a provocação.
Uma debatedora atenta, perspicaz e sempre disposta a defender suas ideias e ideais.
Eu adorava debater com ela. Quando eu não estava mais a fim deturpava uma fala dela, mudava o foco do assunto e caia matando sobre ela. Algumas vezes ela chorava de raiva e eu abria a camera rachando de rir. Qual uma criança inocente ela ria na mesma hora e passava por cima de tudo.
Aplicada e dedicada. Ministrei um curso profissionalizante para ela. Nunca faltou a uma aula, mesmo assumindo que se perdia fácil em SP, nunca atrasou uma aula e sempre chegou atenta, disposta e sorridente.
Seus dentes, iguais aos de uma criança, eram eficazes na hora de fzer sorrir.
Uma mulher e tanto. Dedicada, amiga, presente, comunicativa. Uma mulher ímpar.
E a submissa? Feliz daquele que assumiu essa mulher, pois dele foi o reino dos céus.
A Annye era do tipo que aprendia. Conseguia processar o movimento do outro e acolher dentro do seu estilo inconfundível e muito especial.
Amiga, eu sempre disse e repito: Morrer é fácil para quem vai, afinal não sabemos, de fato, o que tem do outro lado. Mas para quem fica é uma dor sem igual.
Sou um durão, um chato, um cara que leva muitas coisas à ferro e fogo, mas também sou poeta, andarilho, artista e posso mesclar tudo para dizer: Você fez a diferença, fará muita falta!
Que o diretor aí de cima saiba te aproveitar em muitas peças, você era boa no que fazia.
Amém!
*estou de luto*
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Liberdade sim, mas até que ponto?
Um piloto de Asa Delta precisa, antes de qualquer coisa, ter interesse em voar, o curso para a retirada de brevê é primordial, as aulas antes do voo solo são obrigatórias e ter o equipamento é si ne qua non. Seja alugado ou próprio, sem ele não há voo. Sério? Mentira. Para voar ele ainda precisará de vento, uma rampa (natural ou artificial) e mais um sem fim de itens que só os que são do meio dominam os termos. Eu não.
Ao estar pronto para voar, o piloto ainda é levado a seguir um sem fim de regras, procedimentos e visões para que sua segurança esteja acima de qualquer coisa.
Para ousar precisa de habilitação, para inovar, precisa de habilitação, de centro e disposição.
Tudo bem, de baixo olhamos aquela maravilha de voo e pensamos: Como é bom ser livre. Voar sem destino e poder fazer o que quiser.
Mas quando o piloto desce ele quase desenha uma pista aerea exata onde ele precisa se manter. Fala do rigoroso controle de altitude e da constante atenção a todos os itens de segurança que exige um voo, do mais simples ao mais ousado.
Achamos "a coisa" muito mais complexa do que parece e até desistimos daquela tentação de ser um As do Ar.
Numa última tentativa de acender o ímpulso que nos levaria a percorrer todo aquele árduo caminho, perguntamos ao piloto: - Se temos que fazer tudo isso para voar, se não posso voar do jeito que realmente quero e se não posso ir para onde quero, onde está o prazer de voar?
O piloto sorri e diz que o prazer está justamente em conseguir, mesmo com todos aqueles procedimentos buscar a sua liberdade.
Então, gente, BDSM é filosofia, cultura, arte e um sem fim de outras denominações.
BDSM é composto por camadas e, para que uma camada seja válida basta que o parceiro assim aceite. Se a pratica é self aí mesmo que nem parceiro precisa. É você com você mesmo. E ponto!
Mas... e quando falamos em filosofia, em grupo?
Posso mesmo abrir mão do básico para fazer o que quero, do jeito que quero?
Vejo constantemente pessoas dizendo que BDSM é isso, que BDSM é aquilo, mas o que é BDSM? Mais importante: Como você vê o seu BDSM?
Porém, a exemplo do piloto de Asa Delta, para o BDSM é preciso (senão desejável) um sem fim de "itens em base" para que o mundo flua e o ritmo seja prazente.
E aí: Você tem consciência desses itens? Você gera procedimentos para inviabilizar desencontros e perda de segurança em cena?
Quem é você: Piloto, Asa Delta ou rampa?
Linda semana que hoje, quarta-feira (sim, só escrevo e posto às quartas, ainda), é véspera de feriado e eu preciso cuidar da vida. Suzy (moto) e SonYa (máquina fotográfica) me rogam a atenção.
Ao estar pronto para voar, o piloto ainda é levado a seguir um sem fim de regras, procedimentos e visões para que sua segurança esteja acima de qualquer coisa.
Para ousar precisa de habilitação, para inovar, precisa de habilitação, de centro e disposição.
Tudo bem, de baixo olhamos aquela maravilha de voo e pensamos: Como é bom ser livre. Voar sem destino e poder fazer o que quiser.
Mas quando o piloto desce ele quase desenha uma pista aerea exata onde ele precisa se manter. Fala do rigoroso controle de altitude e da constante atenção a todos os itens de segurança que exige um voo, do mais simples ao mais ousado.
Achamos "a coisa" muito mais complexa do que parece e até desistimos daquela tentação de ser um As do Ar.
Numa última tentativa de acender o ímpulso que nos levaria a percorrer todo aquele árduo caminho, perguntamos ao piloto: - Se temos que fazer tudo isso para voar, se não posso voar do jeito que realmente quero e se não posso ir para onde quero, onde está o prazer de voar?
O piloto sorri e diz que o prazer está justamente em conseguir, mesmo com todos aqueles procedimentos buscar a sua liberdade.
Então, gente, BDSM é filosofia, cultura, arte e um sem fim de outras denominações.
BDSM é composto por camadas e, para que uma camada seja válida basta que o parceiro assim aceite. Se a pratica é self aí mesmo que nem parceiro precisa. É você com você mesmo. E ponto!
Mas... e quando falamos em filosofia, em grupo?
Posso mesmo abrir mão do básico para fazer o que quero, do jeito que quero?
Vejo constantemente pessoas dizendo que BDSM é isso, que BDSM é aquilo, mas o que é BDSM? Mais importante: Como você vê o seu BDSM?
Porém, a exemplo do piloto de Asa Delta, para o BDSM é preciso (senão desejável) um sem fim de "itens em base" para que o mundo flua e o ritmo seja prazente.
E aí: Você tem consciência desses itens? Você gera procedimentos para inviabilizar desencontros e perda de segurança em cena?
Quem é você: Piloto, Asa Delta ou rampa?
Linda semana que hoje, quarta-feira (sim, só escrevo e posto às quartas, ainda), é véspera de feriado e eu preciso cuidar da vida. Suzy (moto) e SonYa (máquina fotográfica) me rogam a atenção.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Só perguntas
Senhores... Senhoras... senhores... senhoras... penhores... sem horas...
Saudações a todos!
Só perguntas. Faça-as intimamente. Responda antes que seu cérebro perceba que você busca acessar seu íntimo e provoque respostas polidas e protetoras:
1. Por que você é BDSM?
2. Quem é você?
3. Onde você estava há dez anos atrás, onde quer estar daqui a dez anos?
4. Por que ficar no lado que escolheu do chicote?
5. Por que se permite?
6. Você se permite?
7. Onde estão suas travas conhecidas?
8. Por que não gerar energia para superá-las?
9. Por que superá-las?
10. Quando olha o mundo, que mundo vê?
11. Onde você estava quando estava lá?
12. Quem comanda seus desejos de fato?
13. Defina desejo.
14. Defina BDSM segundo sua visão.
15. Arrisque se definir.
16. O que banca suas ideias?
17. Uma cena ideal para jogo.
18. Quem monta?
19. Quem desmonta?
20. Quem remonta?
21. Por que aceitar sua condição?
22. Qual a sua condição?
23. Defina condição.
24. Segundo o CID você é doente e segundo você?
25. Por que não fazer terapia?
26. Por que fazer terapia?
27. O que é terapia?
28. Sempre sempre, sempre nunca, nunca nunca, nunca sempre ou sempre e nunca para que nunca seja sempre, ou nunca sempre para que sempre seja nunca?
29. E a vida?
30. Onde você se levou?
31. Vai se deixar aí ou vai se pegar no colo?
32. Pensa em uma cor.
33. Pense em um lugar.
34. Pense em uma música.
35. pense em alguém.
34. Agora junta tudo e decore o lugar com essa cor, deixe a música tocar e me diz: A pessoa aceitaria dançar?
35. Internet ou radinho de pilha?
36. Internet ou televisão?
37. Uma trama sexual.
38. Um sexo infinitamente gostoso e que, por tudo, não dá para esquecer.
39. Masturbação, ver filme erótico na internet ou pensar no entregador de pizza?
40. Qual a melhor posição para que você sinta o frescor do prazer que aflora?
41. Quatro nomes importantes.
44. Um número que te persegue.
45. Feche os olhos, respire, beba um copo de água e volte aqui.
46. Leia e responda tudo de novo e o mais rápido possível.
Boa semana a todos!
Saudações a todos!
Só perguntas. Faça-as intimamente. Responda antes que seu cérebro perceba que você busca acessar seu íntimo e provoque respostas polidas e protetoras:
1. Por que você é BDSM?
2. Quem é você?
3. Onde você estava há dez anos atrás, onde quer estar daqui a dez anos?
4. Por que ficar no lado que escolheu do chicote?
5. Por que se permite?
6. Você se permite?
7. Onde estão suas travas conhecidas?
8. Por que não gerar energia para superá-las?
9. Por que superá-las?
10. Quando olha o mundo, que mundo vê?
11. Onde você estava quando estava lá?
12. Quem comanda seus desejos de fato?
13. Defina desejo.
14. Defina BDSM segundo sua visão.
15. Arrisque se definir.
16. O que banca suas ideias?
17. Uma cena ideal para jogo.
18. Quem monta?
19. Quem desmonta?
20. Quem remonta?
21. Por que aceitar sua condição?
22. Qual a sua condição?
23. Defina condição.
24. Segundo o CID você é doente e segundo você?
25. Por que não fazer terapia?
26. Por que fazer terapia?
27. O que é terapia?
28. Sempre sempre, sempre nunca, nunca nunca, nunca sempre ou sempre e nunca para que nunca seja sempre, ou nunca sempre para que sempre seja nunca?
29. E a vida?
30. Onde você se levou?
31. Vai se deixar aí ou vai se pegar no colo?
32. Pensa em uma cor.
33. Pense em um lugar.
34. Pense em uma música.
35. pense em alguém.
34. Agora junta tudo e decore o lugar com essa cor, deixe a música tocar e me diz: A pessoa aceitaria dançar?
35. Internet ou radinho de pilha?
36. Internet ou televisão?
37. Uma trama sexual.
38. Um sexo infinitamente gostoso e que, por tudo, não dá para esquecer.
39. Masturbação, ver filme erótico na internet ou pensar no entregador de pizza?
40. Qual a melhor posição para que você sinta o frescor do prazer que aflora?
41. Quatro nomes importantes.
44. Um número que te persegue.
45. Feche os olhos, respire, beba um copo de água e volte aqui.
46. Leia e responda tudo de novo e o mais rápido possível.
Boa semana a todos!
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Mercador, mercador, mergeador
Sendo super direto:
O mercador (a própria submissa)
O mercador (o próprio Dominador)
O mercador (pode ser ambos, cada um vendendo a si mesmo em praça pública).
Putz! Posso seguir?
- Sim, pode!
O Mercador negocia uma peça comigo, vejam:
- Nobre e honrado Senhor, a submissa que vos apresento é peça rara em beleza, disposição, experiência e abertura (de pernas).
Ela é uma mulher independente, livre.
Um ser humano que já passou a barreira das travas e oferta um sexo livre, sem barreiras.
Uma masoquista-alquimista. Sozinha transforma dor em prazer. Tudo é tão lindo que o Dominador só precisa dar o comando e ela faz tudo sozinha: Self-Shibari estilo Dragon Ball, por sima manda um bundage (sic), depois se enfia agulhas, chora, conta piada e ri sozinha. Bonito de ver, Senhor.
O Senhor poderá tudo com ela, vai ver...
O Mercador oferta um Dom para a sub, vejam:
- Este é um Senhor poderoso, sem igual.
Conhecido em todo o meio, temido por todos (até por Ele mesmo), disponível para casar, ter mil filhos (com outra só para não estragar seu corputcho) e estar sempre á disposição.
É um dos poucos Dominadores que transam e quer mais: Duas (*sussurrando* até três) sem tirar de dentro, sem por para fora e sem velar miséria, é... né fraco não meu Pingo de Mel! (sic) - Pronto! Tá batizada!
e continua:
- Gosto de levar submissa para passear, dar carinho, pagar as contas e chamar de meu gatinho.
Bem, duas moedas, dois pesos e muitas medidas.
E até aqui não há, absolutamente, nada de errado. Talvez o erro seja comprar sem pedir referências, sem entrar no serasa, SPC e os escambau à quatro.
Isso porque depois da "compra" feita é um "Deus nos acuda!".
A submissa não deixa, não pode, não quer nada. É a Rainhas das subs-não.
O Dominador sempre está deprimido, sem saco e mais ainda sem pau. E isso não é o ponto principal, por favor, sexo é o de menos em uma cultura sexual.
E ai? Classifico toda essa enganação como fetiche? O fetiche do outro era vender uma imagem que não sustentaria?
Ou passo na secretaria, depois das dez, e pego meu diploma de panaca?
Talvez nem um e muito menos outro, não?
Ajudo: Quando nos apresentamos, fazemos um todo, um apanhado geral. Apresentamos as qualidades e não deixamos claro que tudo aquilo é condicional.
Tudo aquilo segue a regra de programação de computadores "Se-Então".
Se eu tenho isso, então dou aquilo.
Se eu NÃO tenho isso, então NÃO dou porra nenhuma e ainda não sento para conversar em busca de um acerto.
É, nas antigas guerras, antes de cada batalha, os reis iam ao centro do campo de combate para tentar um acerto. O intuito era evitar mortes sem necessidade e derramamento de sangue sem propósito.
Ser um bom rei, era ser um excelente negociador.
Mas e a submissa que se vendeu de forma a possibilitar um entendimento, do comprador, equivocado ou que cabia um sem fim de achismos?
Mas e o Dominador que tinha a fala mais bonita que as atitudes?
Como evitar?
Se não dá para evitar, o que fazer?
Como foi escrito no início, o mercador não existe. Era um coringa a serviço tanto do rei quanto da plebe.
E ai?
Linda semana a todos, viu?
Crédito das imagens:
O mercador (a própria submissa)
O mercador (o próprio Dominador)
O mercador (pode ser ambos, cada um vendendo a si mesmo em praça pública).
Putz! Posso seguir?
- Sim, pode!
O Mercador negocia uma peça comigo, vejam:
- Nobre e honrado Senhor, a submissa que vos apresento é peça rara em beleza, disposição, experiência e abertura (de pernas).
Ela é uma mulher independente, livre.
Um ser humano que já passou a barreira das travas e oferta um sexo livre, sem barreiras.
Uma masoquista-alquimista. Sozinha transforma dor em prazer. Tudo é tão lindo que o Dominador só precisa dar o comando e ela faz tudo sozinha: Self-Shibari estilo Dragon Ball, por sima manda um bundage (sic), depois se enfia agulhas, chora, conta piada e ri sozinha. Bonito de ver, Senhor.
O Senhor poderá tudo com ela, vai ver...
O Mercador oferta um Dom para a sub, vejam:
- Este é um Senhor poderoso, sem igual.
Conhecido em todo o meio, temido por todos (até por Ele mesmo), disponível para casar, ter mil filhos (com outra só para não estragar seu corputcho) e estar sempre á disposição.
É um dos poucos Dominadores que transam e quer mais: Duas (*sussurrando* até três) sem tirar de dentro, sem por para fora e sem velar miséria, é... né fraco não meu Pingo de Mel! (sic) - Pronto! Tá batizada!
e continua:
- Gosto de levar submissa para passear, dar carinho, pagar as contas e chamar de meu gatinho.
Bem, duas moedas, dois pesos e muitas medidas.
E até aqui não há, absolutamente, nada de errado. Talvez o erro seja comprar sem pedir referências, sem entrar no serasa, SPC e os escambau à quatro.
Isso porque depois da "compra" feita é um "Deus nos acuda!".
A submissa não deixa, não pode, não quer nada. É a Rainhas das subs-não.
O Dominador sempre está deprimido, sem saco e mais ainda sem pau. E isso não é o ponto principal, por favor, sexo é o de menos em uma cultura sexual.
E ai? Classifico toda essa enganação como fetiche? O fetiche do outro era vender uma imagem que não sustentaria?
Ou passo na secretaria, depois das dez, e pego meu diploma de panaca?
Talvez nem um e muito menos outro, não?
Ajudo: Quando nos apresentamos, fazemos um todo, um apanhado geral. Apresentamos as qualidades e não deixamos claro que tudo aquilo é condicional.
Tudo aquilo segue a regra de programação de computadores "Se-Então".
Se eu tenho isso, então dou aquilo.
Se eu NÃO tenho isso, então NÃO dou porra nenhuma e ainda não sento para conversar em busca de um acerto.
É, nas antigas guerras, antes de cada batalha, os reis iam ao centro do campo de combate para tentar um acerto. O intuito era evitar mortes sem necessidade e derramamento de sangue sem propósito.
Ser um bom rei, era ser um excelente negociador.
Mas e a submissa que se vendeu de forma a possibilitar um entendimento, do comprador, equivocado ou que cabia um sem fim de achismos?
Mas e o Dominador que tinha a fala mais bonita que as atitudes?
Como evitar?
Se não dá para evitar, o que fazer?
Como foi escrito no início, o mercador não existe. Era um coringa a serviço tanto do rei quanto da plebe.
E ai?
Linda semana a todos, viu?
Crédito das imagens:
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Mea culpa
Gente, desculpem, aproveitando que hoje é quarta-feira:
Sou um tosto, um grosso, um chato de galocha.
Vocês são dez, poderosas, maravilhosas, sem igual nessa terra de gigante.
Eu escrevo correndo, não faço revisão, não arrumo estrutura de frases, nem sempre fecho argumentação e muitas vezes abandono o raciocínio no meio do caminho (às vezes ele é mais rápido que eu e... corre mais que Forest).
Vocês comentam, levantam a bola e eu nem sempre consigo voltar a tempo de chutar para o gol.
Vou ao blog de vocês e sou incapaz de deixar um "oi", uma poesia, uma divagação.
E ainda assim o número de seguidores (aqui e o no twiter) só cresce, ainda assim o número de participação só aumenta.
Na boa? Comovido: Muito, mas muito, obrigado mesmo por me acolherem como sou e independentemente do como estou.
Escreverei mais (duvido!), passarei mais nos blogs de vocês e buscarei participar mais.
Obrigado a todos!
Sou um tosto, um grosso, um chato de galocha.
Vocês são dez, poderosas, maravilhosas, sem igual nessa terra de gigante.
Eu escrevo correndo, não faço revisão, não arrumo estrutura de frases, nem sempre fecho argumentação e muitas vezes abandono o raciocínio no meio do caminho (às vezes ele é mais rápido que eu e... corre mais que Forest).
Vocês comentam, levantam a bola e eu nem sempre consigo voltar a tempo de chutar para o gol.
Vou ao blog de vocês e sou incapaz de deixar um "oi", uma poesia, uma divagação.
E ainda assim o número de seguidores (aqui e o no twiter) só cresce, ainda assim o número de participação só aumenta.
Na boa? Comovido: Muito, mas muito, obrigado mesmo por me acolherem como sou e independentemente do como estou.
Escreverei mais (duvido!), passarei mais nos blogs de vocês e buscarei participar mais.
Obrigado a todos!
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Quem manda, hein?
Vai tempo que esse assunto é voga em rodas fechadas. Abertamente poucos se habilitam a divagar, apresentar visões e assumir opiniões.
Já escrevi sobre, mas sento desarmado e deixo nota para pensar.
Quem manda em quem quando o Dominador externa sua posição e a submissa assume impossibilidades?
Já vi muitos planetas, já acompanhei algumas órbitas e vejo a condução - e até exercício de teste de limites - como algo comum. Sim, tudo que é praticado pela maioria deixa de ser visto como crime para ser visto como algo comum (Marques de Sade em Filosofia da Alcova já dizia isso).
Notem que, enquanto se faz (ops! Se manda) o que a submissa quer obedecer o cumprimento é breve e quase imediato, mas quando a ordem é contrária a fetiches, sonhos e vontades é um tal de usar a safeword, é um tal de correr para listas e arrolar parceiros que auxiliem na defesa e negativação do comando.
Quem manda em quem?
Quem obedece a quem?
Já cruzei com submissas que foram diretas:
- Sou masoquista, mas não pode deixar marcas!
- Comigo pode tudo, mas eu sou casada e nem tudo pode.
- Aceito qualquer coisa, menos as coisas que estão nessa lisssssssttttaaaaaaaa aqui.
E ai, quem manda e quem obedece?
Sim, eu sei que se houver uma rigidez absoluta ficamos sozinhos, mas... qual o problema de estar sozinho se acompanhado fico frustrado?
Sentadinha rápida só para deixar algo.
Boa semana!
(Szir GanoN é louco e escreve quando dá na telha e não mais às quartas)
Já escrevi sobre, mas sento desarmado e deixo nota para pensar.
Quem manda em quem quando o Dominador externa sua posição e a submissa assume impossibilidades?
Já vi muitos planetas, já acompanhei algumas órbitas e vejo a condução - e até exercício de teste de limites - como algo comum. Sim, tudo que é praticado pela maioria deixa de ser visto como crime para ser visto como algo comum (Marques de Sade em Filosofia da Alcova já dizia isso).
Notem que, enquanto se faz (ops! Se manda) o que a submissa quer obedecer o cumprimento é breve e quase imediato, mas quando a ordem é contrária a fetiches, sonhos e vontades é um tal de usar a safeword, é um tal de correr para listas e arrolar parceiros que auxiliem na defesa e negativação do comando.
Quem manda em quem?
Quem obedece a quem?
Já cruzei com submissas que foram diretas:
- Sou masoquista, mas não pode deixar marcas!
- Comigo pode tudo, mas eu sou casada e nem tudo pode.
- Aceito qualquer coisa, menos as coisas que estão nessa lisssssssttttaaaaaaaa aqui.
E ai, quem manda e quem obedece?
Sim, eu sei que se houver uma rigidez absoluta ficamos sozinhos, mas... qual o problema de estar sozinho se acompanhado fico frustrado?
Sentadinha rápida só para deixar algo.
Boa semana!
(Szir GanoN é louco e escreve quando dá na telha e não mais às quartas)
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Até que ponto?
Com o passar dos anos o BDSM Brasil consolidou-se como prática filosífica e atingiu o status de sociedade.
Por um lado tal feito foi ótimo, pois permitiu que membros do país todo confraternizasse ideias parentes, fomentasse a apresentação de pontos de vista e agrupasse seres iguais.
Mas por outro, toda sociedade precia de regras para sobreviver em comum acordo.
Se por um lado as regras eram o menos buscado em BDSM, por outro se mostravam necessárias para evitar os excessos.
Logo veio a expansão e com ela as castas de intelectuais, formadores de opinião e agentes de saúde pública *sorriso*.
A turma do "deixa disso" se mostrou presente, os repórteres (fofoqueiros? Sim, toda sociedade os tem e até certo ponto precisa deles, é fato!) logo se organizaram em rede e as notícias, ainda que nem sempre verídicas, se espalhavam com notória facilidade, os líderes também apareceram pleiteando cedro e requerendo status (leia-se tratamento) de Chefe de Estado, "os samaritanos" não podiam deixar de existir e se fizeram preserntes com maestria para acolher aqueles que precisavam de auxílio, ainda - como sociedade - não faltou a turma do "sempre foi assim". Aquelas pessoas que se intitulam antigas, "amiga pessoal" do próprio Marques de Sade e que afirmam, de pés juntos, que sempore foi assim ou assado.
Na época do estouro - ou seria expansão? - os sites eram muitos, as informações vastas e o desencontro de ideias algo absurdo.
Escreve bem? Tem facilidade para interpretar visões, posturas e formatar boas argumentações? Ótimo! Você está contratado para ser um âncora do BDSM Brasil. E toma de passar o dia todo em chats, finais de semana em PlayPartys e as noitesd consolando submissas insatisfeitas com "seus" Donos.
Nessa época eu já tinha o site, evitava externar opinião pessoal, aprensetava o que entendia como visão comum e tinha o único glossário da época. Ainda assim via aqui e acolá o meu site sendo usado como base de argumentação para ideias que eu entendia como distorcida ou mesmo sem parentesco algum com o que estava no site. Mas sociedade é isso, não? Cada um defende o seu acreditando que é para o bem de todos.
Hoje vejo um BDSM "mais igual" e muito mais consciente de que cada um faz o seu, à sua forma, ao seu jeito.
Uma sociedade é importante para prover a casca que protege o meio, as ideias iguais confortam aqueles que partilham dela e fazem com que uma loucura passe a ser sanidade diante de um maior número de adeptos.
Mas... (e eu não poderia sair daqui sem deixar as típicas perguntinhas de Szir GanoN *sorriso*) Mas... Até que ponto eu, como adepto, devo algo a essa sociedade que, supostamente, me abastece, acolhe e me possibilita ser e estar entre iguais?
Mas... Até que ponto eu, como adepto, devo prestações de contas a um meio que não partilha, compartilha e sociabiliza as ideias que eu acreditop serem reais em meu mundo totalmente surreal?
Até tenho as respostas, mas deixarei as perguntas.
Boa semana!
(Szir GanoN escreve às quartas, quando quarta-feira é um bom dia para escrever. Quando não éw, escreve qualquer dia e acredita que a sociedade entenderá que aquele dia é quarta)
Fonte da imagem: http://www.inprnt.com/gallery/kwonger/hyde_exposed/
Por um lado tal feito foi ótimo, pois permitiu que membros do país todo confraternizasse ideias parentes, fomentasse a apresentação de pontos de vista e agrupasse seres iguais.
Mas por outro, toda sociedade precia de regras para sobreviver em comum acordo.
Se por um lado as regras eram o menos buscado em BDSM, por outro se mostravam necessárias para evitar os excessos.
Logo veio a expansão e com ela as castas de intelectuais, formadores de opinião e agentes de saúde pública *sorriso*.
A turma do "deixa disso" se mostrou presente, os repórteres (fofoqueiros? Sim, toda sociedade os tem e até certo ponto precisa deles, é fato!) logo se organizaram em rede e as notícias, ainda que nem sempre verídicas, se espalhavam com notória facilidade, os líderes também apareceram pleiteando cedro e requerendo status (leia-se tratamento) de Chefe de Estado, "os samaritanos" não podiam deixar de existir e se fizeram preserntes com maestria para acolher aqueles que precisavam de auxílio, ainda - como sociedade - não faltou a turma do "sempre foi assim". Aquelas pessoas que se intitulam antigas, "amiga pessoal" do próprio Marques de Sade e que afirmam, de pés juntos, que sempore foi assim ou assado.
Na época do estouro - ou seria expansão? - os sites eram muitos, as informações vastas e o desencontro de ideias algo absurdo.
Escreve bem? Tem facilidade para interpretar visões, posturas e formatar boas argumentações? Ótimo! Você está contratado para ser um âncora do BDSM Brasil. E toma de passar o dia todo em chats, finais de semana em PlayPartys e as noitesd consolando submissas insatisfeitas com "seus" Donos.
Nessa época eu já tinha o site, evitava externar opinião pessoal, aprensetava o que entendia como visão comum e tinha o único glossário da época. Ainda assim via aqui e acolá o meu site sendo usado como base de argumentação para ideias que eu entendia como distorcida ou mesmo sem parentesco algum com o que estava no site. Mas sociedade é isso, não? Cada um defende o seu acreditando que é para o bem de todos.
Hoje vejo um BDSM "mais igual" e muito mais consciente de que cada um faz o seu, à sua forma, ao seu jeito.
Uma sociedade é importante para prover a casca que protege o meio, as ideias iguais confortam aqueles que partilham dela e fazem com que uma loucura passe a ser sanidade diante de um maior número de adeptos.
Mas... (e eu não poderia sair daqui sem deixar as típicas perguntinhas de Szir GanoN *sorriso*) Mas... Até que ponto eu, como adepto, devo algo a essa sociedade que, supostamente, me abastece, acolhe e me possibilita ser e estar entre iguais?
Mas... Até que ponto eu, como adepto, devo prestações de contas a um meio que não partilha, compartilha e sociabiliza as ideias que eu acreditop serem reais em meu mundo totalmente surreal?
Até tenho as respostas, mas deixarei as perguntas.
Boa semana!
(Szir GanoN escreve às quartas, quando quarta-feira é um bom dia para escrever. Quando não éw, escreve qualquer dia e acredita que a sociedade entenderá que aquele dia é quarta)
Fonte da imagem: http://www.inprnt.com/gallery/kwonger/hyde_exposed/
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Qual o melhor tempo?
Qual o melhor tempo?
Sempre digo que escrevo às quartas, quando quarta-feira é um bom dia para escrever.
Hoje sentei sem nenhuma inspiração, sem nenhuma inquietação e pensei: Hoje não é um bom dia para escrever. Vou fechar o micro e ir cuidar da vida...
Porém, um pouco antes e apertar a tecla "desligar" me veio um pensamento: Qual é o melhor tempo?
Pois é, muitas vezes assisto situações convidativas, situações propícias e o nosso comodismo, medo ou mesmo indisposição nos sinalizam que aquele pode não ser o melhor tempo.
Tudo bem, que muitas vezes nos faltam bases e outros itens que nos incentivem a ousar, arriscar e assim se jogar.
Mas... Qual é o melhor tempo para seguir adiante e fazer acontecer?
Qual é o melhor tempo para tirar a roupa e se jogar nas piscinas de uma relação?
Qual é o melhor tempo para abrir mão de tempos comuns, tempos padronizados, tempos em que maturamos ideias, acalmamos nossos corações e vamos além de nós mesmos?
Enfim, Qual é o melhor tempo?
Boa semana à todos!
(Szir GanoN escreve às quartas quando quarta-feira tem o melhor tempo para escrever)
al
quinta-feira, 13 de maio de 2010
A carta de Shofiah ou O choro de uma lagarta que não virará Borboleta.
A carta de Shofiah ou O choro de uma lagarta que não virará Borboleta.
"Caro, honrado e adorado Senhor, salve-me!Se o Senhor não me estimular a ser eu mesma, serei outra e então quero ver com qual das duas mil ficará, meu Senhor de mim.
Os portões de Suas terras encherão de pensamentos, e gados, e terras encherão de gente. Serei tantas mulheres que harém nenhum suportará tamanha diversidade. Suportará tamanha veracidade. Sul portará.
O que quer (de mim), meu Senhor de mim? Uma para mil? Mil em uma? Mil para nenhuma ou nenhuma em mil?
Dizes, por favor, e antes que eu enlouqueça deixa-me ser eu mesma, pois ainda que O ame somente em mim, para mim e comigo, não saberei ser ou amar a outra para, ainda que para Ti, Senhor.
Não saberei viver outra. Posso me passar e até estar outra, mas ser é divino e o Pai, a quem também respeito e me soprou a primitiva vida de diamante bruto, a quem somente Tu - oh, myLord! -, com especial e única habilidade de artista mestre e ancião de renome, e respeito, lapidou. E fez. No hoje. Algo melhor que o ontem e que ainda o será primor e excelência no amanhã, é capaz de entender o que sou e o que posso ser. Se me permite, Senhor, nada quero ser além do que sou e me permito ser para Ti em ti Mesmo.
Sabes, meu Senhor, sou o tudo que desejas, mas ainda não atingi a supremacia da metamorfose ao pensar que posso ser outra. Outra não posso ser. Se me quer, aceito. E, de joelhos, agradeço a dádiva e generosidade, sem tamanho, e que somente Tu poderia fazer. Assim, com Tua benção, graça e força estarei outra, mas ser...
Sinto. E peço, sem esperar resposta, Sua permissão para findar o quadro ao assinar a obra Tua. Com o mesmo sangue que tantas e tantas vezes fez circular forte por meu corpo sempre frágil, mas sempre disposto, e disponível, e à disposição a Teu uso e sabor.”
*
* *
O castelo, e as terras, e as muitas mulheres que ali habitavam, estremecem com o ensurdecedor barulho do disparo do canhão.
*
* *
Ela escreveu e atirou na própria cabeça. Com um canhão. Queria que nada sobrasse do que foi um dia e ainda assim pensou na possibilidade de, ao morrer com muitos pedaços, ser – por Ele - ressuscitada em muitas.
Só esqueceu que morta. Não poderá entrar em casulo algum. E ser borboleta.
Foi no ritual de sepultamento que Ele, soberano e à caráter, respondeu:
Adorada mulher minha, salve-se!
Que os mistérios do mundo que, por hora, habitas sejam-lhe prazentes.
Sei que, por merecimento, honra, glória e reconhecimento muito fui e mesmo entendendo que nada sou, agradeço o tardio aviso da partida.
Nem com mil carretas, charretes e cocheiros conseguirei juntar teus restos.
E isso pelo fato de ser muito mais que mil. Era somente uma, e não mais que uma, onde nem mesmo cem mil - e com as graças do Deus Pai - conseguiriam superar igual.
Era pérola e ostra e mar, terra e plantação e chuva, arma e munição e tiro certeiro. Era plena em si e somente em si tinha todas as fases da lua a cuidar das muitas noites que surgiram.
---
Ao feudo, declaro luto de vinte e cinco dias mais um completo ciclo de luas.
Ao secretário-mor ordeno que providencie, junto ao mercador, outra para as noites que seguem.
Estou triste e preciso de alguém que me conforte.
E ouviu-se o estrondo. Do iniciar da festa para a escolha da nova serva do “senhor da floresta das Sombras”
(trecho de um livro que nunca escrevi, mas sempre leio dentro de mim: 24hs na floresta do senhor das Sombras)
By
Szir GanoN
Terça-feira, 29 de Abril de 2008, 20:25
quarta-feira, 5 de maio de 2010
BDSM - Sexo ou filosofia?
BDSM - Sexo ou filosofia?
No passado esse tema já foi corrente e motivo de boas conversas, mas hoje parece que sexo e filosofia em BDSM são rios com nascentes bem distintas.
Vamos decupar?
Sexo:
Penso que nem precisa definir, não?
Filosofia:
Houaiss
filosofia
• substantivo feminino
Rubrica: filosofia. amor pela sabedoria, experimentado apenas pelo ser humano consciente de sua própria ignorância [Segundo autores clássicos, sentido original do termo, atribuído ao filósofo grego Pitágoras (sVI a.C.).]
Rubrica: filosofia. no platonismo, investigação da dimensão essencial e ontológica do mundo real, ultrapassando a mera opinião irrefletida do senso comum que se mantém cativa da realidade empírica e das aparências sensíveis
Rubrica: filosofia. no âmbito das relações com o conhecimento científico, conjunto de princípios teóricos que fundamentam, avaliam e sintetizam a miríade de ciências particulares, tendo contribuído de forma direta e indispensável para o surgimento e/ou desenvolvimento de muitos destes ramos do saber
Rubrica: filosofia. na dimensão metafísica, conjunto de especulações teóricas que compartilham com a religião a busca das verdades primeiras e incondicionadas, tais como as relativas à natureza de Deus, da alma e do universo, divergindo entretanto da fé por utilizar procedimentos argumentativos, lógicos e dedutivos
Se creio no que leio, o BDSM é uma filosofia que se permite usar o sexo como uma de suas vertentes.
Vejo o BDSM sendo muito mais que sexo, muito mais que corpo, muito mais que pele.
Não me permito acreditar que basta ter uma pegada forte e vontade de praticar spanking (que é somente um dos muitos, infinitos, jogos) para ser e estar BDSM.
Essas letras exigem muito mais que disposição, exigem uma pesquisa constante, uma disposição que vai além das mesas acadêmicas e mais além, ainda, do uso sexual, afinal quem nunca teve um jogo que foi interessante, mas sentiu-se vazio ao final?
A pegada era boa, o sexo gostoso, o conjunto convidativo, mas era só isso.
Quando vou além do sexo, quando vou além dos jogos que envolvem somente o corpo e adentro com estudos da mente, adentro com trocas em níveis variados, atinjo o BDSM em sua essência e consigo fazer algo mágico, quase utópico e surreal.
E aí? BDSM é sexo ou filosofia?
Abraços fraternais,
Szir GanoN
(Szir GanoN escreve às quartas, quando quarta-feira é um bom dia para escrever)
quarta-feira, 24 de março de 2010
Masoquista Sexual - Onde está o ponto?
Masoquista sexual - Onde está o ponto?
Penso que há um equivoco na visão que o mundo tem do masoquista sexual. Definitivamente ele - o masoquista - não tem que suportar absolutamente nada, pelo contrário! No meu entendimento, ser masoquista sexual é saber que a dor existe, que existe a possibilidade de vinculá-la ao prazer e saber-se livre para fazê-lo.
Ser masoquista sexual (só para lembrar: no meu entendimento) não é suportar, é buscar o suporte em si e no prazer do outro para ampliar sua fonte de calor diante do frio da dor.
Ser masoquista sexual é ser você mesmo diante do outro e assumir que a dor agrada tanto quanto os jogos que a empregam e impregnam o seu ser.
Vai tempo que tenho quisto divagar sobre, na minha cabecinha de jerico, a errônea visão que muitos tem acerca do termo "masoquismo sexual".
Alguns são super hard e se dizem somente submissos, outros nem sabem para que lado fica o seu prazer na dor e se assumem masoquistas sexuais.
Vejo Dominadores intimidarem-se diante da escusa de alguns submissos acerca de jogos com dor sexual e vejo esses mesmos Dominadores perderem a dignificante oportunidade de ir além de si mesmo.
Por que? Porque não investigam, não experimentam, não arriscam!
- Oras, GanoN, o que é combinado não é caro, pô!
Concordo, como igualmente concordo que a maioria fala em marcas e não em dores *sorriso*.
Concordo que basta não fechar o ponto para ter a oportunidade de ir além dele.
Por que não experimentar?
Muitas vezes a dor seca é fulminante, mas e a dor sexual? Pode ser instigante.
É uma questão de experimento, clima, imersão, troca e... guia!
Antes de fechar um acordo, deixe margens para novas experiências, novos experimentos contigo (vai que o parceiro é rodado e diga que já viveu um mundo de coisas?), novas expectativas.
Seco e direto, assim:
É isso, semana que vem venho mais. Sempre às quartas. Sempre que quarta for um bom dia para escrever. *sorriso*
quarta-feira, 17 de março de 2010
O BDSM e suas infinitas camadas
O BDSM e suas infinitas camadas
Não importa o meio de comunicação. O que mais ouço é: Procuro um Dominador sério, comprometido e verdadeiro Dominador.
Sempre que leio linhas assim, confesso, arregalo os olhos, afinal o que é ser sério, comprometido e verdadeiro?
Se consigo a resposta ainda sobram/surgem questões mais complexas:
Quem julga?
O veredito (ou ainda seria veredicto?) desse juiz é válido para todos?
Mas quem viverá a relação? O "julgo comum" é válido para si?
Cruzo com pessoas interessantíssimas do ponto de vista intelectual (e até sexual, por que não dizer?), mas preciso revelar que a grande maioria não me faz "toin-toin". Sinto.
Não me comovem e um dos fatos é recusarem-se a ver, sentir e se permitir entender que o BDSM é composto por camadas e que a validação dessas camadas se dá ao termos um par igual que aceite o jogo daquela com o qual... irá jogar.
Oras, abro mão da tradicional sociedade comum, venho para o BDSM porque ele me dá maior liberdade de expressão e atuação e aqui encontro regras mais rígidas que a sociedade que neguei?!? Que isso minha gente?!
Não condeno o fato de cada um acreditar no mesmo que um coletivo atuante acredita, o que elaboro aqui é: Até que ponto, por termos definido o que buscamos, devemos cercear a busca do outro invalidando suas crenças e expectativas?
- Ah, mas Dominador fulano é um galinha!
- Submissa Ciclana adora uma dança de coleiras.
- Mistress Paraíso (e outros metros) ama cobrar por sessões.
- Mestre Abelardo, é um tolo que se mantém escondido atrás da sub.
- Sinceramente? O submisso Oscar de LaRosca é viadíssimo! E MasterComtrê sai com ele.
Putz e daí?
- Ah, mas é só um comentário, não estou condenando.
Sei...
Penso que se há alguém que faça par, não há demérito. Pode não servir para você, mas se serve para o outro, por que não?
Então por que você não gosta de casas noturnas, o mundo deve acabar com elas ou... taxá-las de "Não verdadeiras Comércio" ou... "Estabelecimento não sério" ou... "Empresa não comprometida"?
Misturei dois assuntos, eu sei. Relaxa e goza, que uma política já nos ensinou isso. Ou será que, por conta dessa frase, ela não é uma verdadeira política? Será que, depois desse comentário, ela deixou de ser uma politica comprometida?
Não vejo como menos sério aquele que assume o que deseja, por outro lado vejo muitos adeptos sonhando com um parceiro(a) redondo e, depois de muito busca, tentar - a todo custo - colocar um quadrado naquele lugar reservado ao redendo. Não se dão nem ao trabalho de desconstruir ideias tidas como antigas e reconstruir novos conceitos.
Nada cai do céu de graça. Até a chuva passa por um processo para descer. A descida é o resultado final desse movimento e o inicial para um novo ciclo. Pense nisso.
Ainda lembro, denoto e exponho que seriedade, quando o assunto é relação intelecto-sexual, torna-se algo subjetivo. Diante das inúmeras possibilidades de jogos psicológicos o sério, o verdadeiro e comprometido pode ser um sem fim de itens em uma prateleira de supermecado.
É isso, volto semana que vem. Sempre às quartas. Sempre que quarta for um bom dia para escrever. *sorriso*
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Voltando...
Ainda temos o carnaval, vagarosamente o blog volta a sua normalidade.
Agradeço o carinho das visitas, comentários e assinatura do blog. Muitos versam sobre seguidores, mas entendo que poucos conseguem ir além do título e entender o enorme carinho que é assinar um blog. Carinho de você, carinho meu. Obrigado!
Uma frase para reflexão? Vamos la!
Ser Dono - Ideia-definição 5431
Ser Dono é estar dentro e ocupar esse dentro até estar fora. Quando estiver fora, volta-se para o dentro e,então, ocupa o dentro e fora.
Agradeço o carinho das visitas, comentários e assinatura do blog. Muitos versam sobre seguidores, mas entendo que poucos conseguem ir além do título e entender o enorme carinho que é assinar um blog. Carinho de você, carinho meu. Obrigado!
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Ser Dono - Ideia-definição 5431
Ser Dono é estar dentro e ocupar esse dentro até estar fora. Quando estiver fora, volta-se para o dentro e,então, ocupa o dentro e fora.
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