Sê bem-vindo andarilho!

Entre, sente-se e se permita iludir - a mente cansada - com meus conceitos chulos, minhas ideias tão minhas e um mundo de aglomerações.
Aqui apresento, expurgo e dou conceitos - nem sempre meus - que podem servir a qualquer um.
Leia, releia e tome muito cuidado: fora ser prolixo, sou o próprio sofismo em pessoa (use isso contra mim e assuma que me lê).
Aqui o luxo é o lixo com ego inflado.
Pense que há vinho e deguste, decupe, compartimente e minta para você mesmo.
Salut à boa perdição dos perdidos, os achados em si (bemol)!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A submissa oferta-se ou o Dominador a toma?

Essa é uma questão antiga e vale sempre divagar.
Dois pesos e duas medidas.

Antes precisamos falar do ser humano. Esse poço de insegurança.
Independendo da posição o homem, por padrão é inseguro em si. Geralmente é a mulher quem abre todos os caminhos, faz a poesia, regula a métrica, ajusta as rimas e deixa a assinatura por conta do homem. Isso numa sociedade comum.

O BDSM, entendo, remonta a época feudal.
O BDSM, entendo, tem toda uam ritualística que o embasa.
Assim, o ideal seria, no meu entendimento, que a escrava se utilizasse de um Mercador para vender-lhe a um Senhor de fato.

Peso um, medida um:
Sim, penso que uma submissa tem que ser tomada.
Claro, óbvio e evidente que é preciso entender alguns sinais.
Se uma submissa começa a procurar muito um Senhor, se insiste em abrir canais e frentes de comunicação, se as trocas vão além de parâmetros comuns, por favor. Não há o que perguntar, é tomar e pronto.
Ai a madresita me perguntará sobre a tão falada e imposta como obrigatória negociação.
Respondo que a negociação está no grupo das inseguranças do ser humano citados bem no início da divagação.
Oras, por favor, se há química, se há um canal de comunicação aberto e fluindo, se há crença de que aquele é o home da sua vida, por que negativar a toma?
Por que querer negociar, de pronto, o que terá toda uma vida para ser negociado?

Peso dois, medida dois:
Não tenho dúvidas que, usando (ou não) toda uma ritualística a submissa deve ofertar-se aquele que acredita estar à altura de ser-lhe o Dono e Senhor dos atos.
Não tenho dúvidas que ai entra, de novo, a tal insegurança do ser humano, mas feliz daquele que consegue transpor essa barreira.

Por fim, vejo hoje tanto Dominador quanto submissa, cada vez mais levando o BDSM para os meios comuns da sociedade comum.
De modo algum sou contra namoro, relação mesclada, pelo contrário, acho saudável essa postura, mas... arrepio ao ver tanto um quanto outro abrindo as portas da insegurança e não tendo a atitude de tomar ou ofertar.

"Por ordem e graça do Deus maior, por força e vontade de mim mesmo, tomo-a do mundo comum e a assumo no meu.  Entra e me sirva, mulher"
- Sim, Senhor. É a esperada resposta. E pronto!
Simples assim.

"nobre e honrado Senhor, salve. Perdoa-me a ousadia dos atos, mas é fato que o mundo me judia, abusa e não usa. Peço-Lhe, Honrado, que pela graça de Deus acolha-me. Toma-me Tua, pois que se Tua não for, morrerei mais do que já morro em mim. Meu desejo é servir-Lhe e esse é o meu último desejo se assim aceitar-me"
- Entra mulher, tira a roupa e deixa-me ver teu corpo.
Inicia-se o "jogo de toma" o "ritual de posse" (preciso escrever mais sobre rituais, não? Me cobrem e farei isso)

Afinal quem é quem?
A submissa oferta-se ou o Dominador a toma?

(Boa semana que a louca da Luiza veio me lembrar que hoje é quarta. De saco cheio com essa minha editora chata! kkkkkkkkkkk)